
História e evolução
Do Fact-Checking

Os sites online de fact-checking foram criados com a finalidade de comprovar as notícias e factos publicados na internet (Oliveira, 2020).
As entidades por trás do fact-checking procuram «aumentar o conhecimento ao relatar e pesquisar os factos verificáveis de declarações, já publicadas, feitas por políticos e qualquer pessoa cujas palavras tenham impacto na vida de outra pessoa. O objetivo é promover informação clara e rigorosa para os consumidores de forma a que estes possam votar de forma consciente (Oliveira, 2020).
Bigot in Oliveira (2020), afirma que a verificação de factos é uma forma de jornalismo de denúncia, onde os investigadores desenvolvem um pacto com a verdade independentemente da identidade que os tenha publicado.
Foi nos anos noventa que o fact-checking se começou a desenvolver, porém só no princípio do século XXI que começou a ganhar destaque, devido à introdução de sites especializados nesta área (Oliveira in 2020).
No decorrer das eleições presidenciais norte-americanas, em 1991, Brooks Jackson, jornalista da CNN, tinha a seu cargo a recuperação da informação dos anúncios políticos realizados em televisão para serem analisados os discursos dos candidatos e as suas informações. Esta equipa foi conhecida como «Ad Police» (Vieira in Oliveira, 2020).
Em 2003, Jackson trabalhou em conjunto com a Universidade da Pensilvânia no factcheking.or que se tornou o primeiro site independente de verificação de discurso político (Silva in Oliveira, 2020). No ano de 2007 surgiram o PolitiFact e o Fact Checker do The Washington Post, estes tornaram-se tão relevantes que até hoje são considerados os melhores e mais prestigiados dos EUA (Oliveira, 2020).
Para reforçar a fiabilidade destes sites, foi criada International Fact Checking Network (IFCN), ligada ao Poynter Institute, que desde 2016 assegura os princípios e códigos éticos que os membros devem seguir (Poynter in Oliveira, 2020).
As plataformas de fact-checking são maioritariamente originárias da Europa e da América do Norte, sendo que no continente europeu, estes sites são focados na investigação de reivindicações políticas (Graves & Cherubini in Oliveira, 2020).